Abril/2020 Ideias Inspiradoras/Amor


O que é o amor? ... Você ama?


É manhã de domingo e freio meu desejo de jogar tênis. Estou em casa, colaborando com a prevenção de mais contaminação Covid-19. Provavelmente não teria lido a coluna do Karmal, não fosse este período de “fique em casa, aproveite para refletir e experimentar o novo em sua rotina".

- Para você, o que é o amor?,

pergunto aos meus pacientes.


O amor é um tema frequente em nossas sessões de psicoterapia. Diversas e singulares respostas aparecem. Encanta-me o sentido que cada um de nós atribui ao amor. Ao me fazer a mesma pergunta, surgem duas associações: a Carta de Paulo, 1 Corintios 13, 1-8, e a música de Danilo Caymmi sobre "O que é o amor", registradas a seguir.

Quando li a coluna de Leandro Karnal, interessado pelo título “Você ama?”, me veio este impulso de compartilhar com vocês, em especial com vocês, meus(minhas) pacientes: os casais, as famílias, os carentes de um(a) companheiro(a), os que ainda estão na “fossa” e os que buscam um relacionamento conjugal. 

Que esta página colabore com seu bem estar e com o seu ir em busca do desejo de ser feliz no Amor. 




Primeira Carta de Paulo aos Corintios


Capítulo 13, Versículos 1 a 13


  1. Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine.

  2. Ainda que eu tenha o dom de profecia, saiba todos os mistérios e todo o conhecimento e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei.

  3. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá.

  4. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.

  5. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.

  6. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.

  7. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

  8. O amor nunca perece


O que é o Amor para Danilo Caymmi

Para assistir no Youtube, clique aqui.

Você ama?


A lição de ‘Romeu e Julieta’ é uma advertência contra a insanidade da paixão.
(recortes do texto de Leandro Karnal)

“ ...

Quero formular uma reflexão que não é unânime entre historiadores. Existe o desejo sexual. Os hormônios descarregados no corpo de alguém após a infância são quimicamente detectáveis. Não se trata de um delírio, é um fato biológico. A partir disso, existem convenções sociais. Em uma sociedade na qual o código moral e religioso estabelece regras claras, o sentimento sexual será sentido como ruim, incômodo ou perverso. Da mesma forma, onde floresce o discurso do amor e da paixão como referência cultural, é comum perguntar-se aos jovens por quem ele/ela estão apaixonados. Entre amigos púberes, a paixão é esperada e incentivada.

Os filmes e os livros mostram como o amor vence todos os obstáculos, como ele dá sentido à existência. Agora vem a pior de todas as criações culturais: existiria uma metade, uma alma gêmea, um ser perfeito que se adapta, convexamente, ao meu côncavo. Tal encaixe mágico ganha tons de destino: o formato das peças foi preparado há muito. Assim, o desejo sexual (que já passa por mediações culturais enormes) vai sendo associado a uma paixão específica. ...

... O que faria um matrimônio durar não seria o amor permanente, todavia a proximidade de formação ou de renda, a capacidade de gerar herdeiros que assegurarão o nome da família. O casamento não seria uma escolha de indivíduos, mas social. Os arranjos matrimoniais de muitos hindus ou religiosos tradicionais falam de uma espécie de sociedade harmônica e a harmonia implica coisas muito racionais, evitando o fogo da paixão. Jovens apaixonados provocam o caos, como Romeu e Julieta de Shakespeare ...


Quero formular uma reflexão que não é unânime entre historiadores. Existe o desejo sexual. Os hormônios descarregados no corpo de alguém após a infância são quimicamente detectáveis. Não se trata de um delírio, é um fato biológico. A partir disso, existem convenções sociais. Em uma sociedade na qual o código moral e religioso estabelece regras claras, o sentimento sexual será sentido como ruim, incômodo ou perverso. Da mesma forma, onde floresce o discurso do amor e da paixão como referência cultural, é comum perguntar-se aos jovens por quem ele/ela estão apaixonados. Entre amigos púberes, a paixão é esperada e incentivada.

Os filmes e os livros mostram como o amor vence todos os obstáculos, como ele dá sentido à existência. Agora vem a pior de todas as criações culturais: existiria uma metade, uma alma gêmea, um ser perfeito que se adapta, convexamente, ao meu côncavo. Tal encaixe mágico ganha tons de destino: o formato das peças foi preparado há muito. Assim, o desejo sexual (que já passa por mediações culturais enormes) vai sendo associado a uma paixão específica. ...

... O que faria um matrimônio durar não seria o amor permanente, todavia a proximidade de formação ou de renda, a capacidade de gerar herdeiros que assegurarão o nome da família. O casamento não seria uma escolha de indivíduos, mas social. Os arranjos matrimoniais de muitos hindus ou religiosos tradicionais falam de uma espécie de sociedade harmônica e a harmonia implica coisas muito racionais, evitando o fogo da paixão. Jovens apaixonados provocam o caos, como Romeu e Julieta de Shakespeare ...


Referências Bibliográficas


Você ama?

A lição de ‘Romeu e Julieta’ é uma advertência contra a insanidade da paixão.
 

Primeira Carta de Paulo aos Corintios, 13,1-8
no site Biblia Gateway